Um possível novo esquema de pirâmide está viralizando nas redes sociais nos últimos dias, dessa vez utilizando o Pix, meio de pagamento eletrônico lançado pelo Banco Central em outubro de 2020.
A tática consiste na criação de um grupo, normalmente no aplicativo WhatsApp, em que pessoas possam ir recrutando outros membros. Cada um desses novos participantes têm de transferir uma quantia em dinheiro para seu anfitrião –de R$ 1 a R$ 5. Depois disso, a pessoa é promovida a “administrador“, podendo repetir o processo com seus amigos e conhecidos.
Vídeos divulgando os chamados “grupos de Pix” registraram até a tarde de 3ª feira (8.jun.2021) 22,6 milhões de visualizações no TikTok. O mais famoso deles, publicado pela conta @deboramacedoo, chegou a quase 270 mil curtidas.
O interesse sobre o tema, no entanto, quebrou a bolha da rede social chinesa e ensaia viralização no Twitter e Instagram. Um aumento repentino nas buscas do Google relacionadas ao assunto foi registrado a partir de 6 de junho, com pico de pesquisas na madrugada do dia seguinte (7.jun).
Segundo o Google, o Maranhão foi o Estado que mais buscou pelo termo nesse período. Entre os assuntos relacionados, estão “crime” e “esquema de pirâmide”.
Segundo o Banco Central, o PIX –como qualquer outro meio de transferência de dinheiro– está suscetível a golpes.
“Desconfie sempre que uma oferta parecer boa demais para ser verdade, como ganhar muito dinheiro chamando pessoas para transferirem dinheiro sem motivo algum e ganhar uma parte desses valores. Nesse caso, não entre nessa e denuncie o esquema para a autoridade policial, que tem a competência legal para coibir esse tipo de crime”, disse a autoridade monetária, em posicionamento enviado ao Poder360.
“Infelizmente, o Pix ou qualquer outro meio para a transferência de recursos podem ser usados por pessoas mal-intencionadas para aplicar golpes”, completa o BC.
A hashtag #Pix foi bloqueada para buscas no TikTok. Procurado para comentar o tema, o aplicativo não respondeu até a publicação desta reportagem.
ENTENDA O ESQUEMA
Os “grupos de Pix” normalmente são criados por uma só pessoa, e depois compartilhado com amigos, conhecidos e seguidores nas redes sociais.
- início – um grupo é criado no WhatsApp e compartilhado por seu anfitrião com outras pessoas;
- dinheiro girando – cada novo participante deverá pagar de R$ 1 a R$ 5 para quem o convidou. Depois disso, poderá virar administrador –convidando assim seus amigos e conhecidos;
- fim do grupo – quando a capacidade de membros chega ao seu limite, um novo grupo pode ser criado para dar sequência ao esquema.
Banco Central alerta sobre risco de esquema de pirâmide dos “grupos de Pix” - Poder360
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