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Wednesday, June 23, 2021

Dólar recua até R$ 4,93 e renova mínima de um ano - Valor Econômico

O dólar renovou o seu menor patamar em um ano nesta quarta-feira, em meio ao enfraquecimento da divisa americana contra emergentes e o aumento da atratividade do real pela perspectiva de alta mais célere do diferencial de juros no Brasil em relação a outras economias.

Às 9h53, o dólar comercial recuava 0,27%, cotado a R$ 4,9528. Mais cedo, caiu até R$ 4,9398 na mínima intradiária, o menor nível desde 10 de junho de 2020. Na terça-feira, a moeda fechou cotada a R$ 4,9661, no primeiro fechamento abaixo de R$ 5 desde 10 de junho de 2020.

Os agentes financeiros ampliam o otimismo sobre o câmbio muito em função de um ajuste mais agressivo da taxa Selic, na esteira dos sinais mais duros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), presentes na ata da última reunião divulgada na terça-feira.

No mesmo horário, a divisa seguia estável ante rivais fortes, conforme apontado pelo ICE Dollar Index (DXY), e registrava queda contra a maioria das principais moedas de países emergentes pares do real, como rand sul-africano, rublo russo e peso mexicano.

O Barclays mudou a sua perspectiva para o real, tornando-se mais positivo em relação à moeda levando em conta o ambiente global com ampla liquidez disponível e as condições domésticas mais construtivas. “Esperamos que o real continue se fortalecendo durante o terceiro trimestre de 2021”, escreveram profissionais do banco em relatório. “O BC continua a antecipar o ciclo de alta, aumentando sua credibilidade, apoiando redução do prêmio de risco e aumentando o carrego [diferencial de juros] da moeda.”

Agora, o banco britânico projeta que o dólar registrará R$ 4,90 no fim do terceiro trimestre deste ano. “No entanto, medidas de gastos adicionais devem ser implementadas até o final do ano, o que pode trazer de volta as preocupações sobre a frente fiscal no quarto trimestre”, alertam os analistas. Dado que a campanha eleitoral “começará para valer” no próximo ano, o Barclays avalia que algum prêmio de risco será novamente incorporado à moeda entre o segundo e o terceiro trimestres de 2022.

Nos juros, as taxas se acomodam em queda, após o forte movimento de alta visto ontem na parcela curta da curva, depois da linguagem inclinada à retirada mais célere de estímulos por parte do Copom, mostrada na ata de ontem.

No horário acima, as taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 estavam a 5,73%, sem mudança, implicando uma Selic próxima de 7,25% no fim do ano, segundo os preços de mercado. Os agentes seguem dando chance majoritária de elevação de 1 ponto percentual da Selic em agosto, já precificando ligeira probabilidade de uma elevação superior a essa.

Enquanto isso, as taxas do DI para janeiro de 2023 caíam de 7,27% para 7,235%; as do DI para janeiro de 2025 variavam de 8,23% para 8,17% e as do DI para janeiro de 2027 recuavam de 8,67% para 8,60%, à medida que o juro projetado pelo título do Tesouro americano (Treasury) com vencimento em dez anos mantinha-se abaixo do nível psicológico de 1,50%.

Sem indicadores relevantes hoje, cabendo citar apenas a divulgação de dados preliminares sobre a atividade econômica nos Estados Unidos, os investidores ficam atentos às aparições públicas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

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