Com o noticiário político conturbado no Brasil, a quinta-feira (1º) foi de perdas para o mercado financeiro brasileiro.
O dólar ganhou fôlego ante o real e fechou em alta de 1,37%, negociado a R$5,0447.
Na B3, o Ibovespa continua sua sequência de quedas, na contramão de Wall Street, e hoje chegou ao patamar de 125 mil pontos, se afastando da máxima de 131 mil pontos. O índice fechou em queda de 0,9%, para 125.666 pontos.
Internamente, o mercado segue de olho nos problemas políticos em Brasília. Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que afirmou ter recebido pedido de propina na venda de vacinas ao governo, foi ouvido pela CPI da Pandemia hoje.
Investidores também reagiram aos dados de maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo ministério da Economia.
Foram criadas 280.666 novas vagas de trabalho formal no país. No período, foram 1.548.715 admissões e 1.268.049 desligamentos. O estoque, que é a quantidade total de contratos de trabalho formais ativos, em fevereiro de 2021 contabilizou 40.596.340 vínculos.
Globalmente, mercados começaram o dia com bom humor antevendo uma retomada mais rápida que o esperado. Há preocupações, no entanto, com o avanço da variante indiana em vários países.
Nos EUA, o número de pessoas que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, enquanto as demissões despencaram para o menor patamar em 21 anos em junho e as empresas seguravam seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado caíram 51 mil para um número com ajuste sazonal de 364 mil na semana encerrada em 26 de junho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 390 mil novos pedidos para a última semana.
Lá fora
O S&P 500 cravou a sexta máxima recorde de fechamento consecutiva nesta quinta-feira, impulsionado por dados econômicos positivos e um amplo rali.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,38%, a 34.633 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,52%, a 4.319 pontos, e o Nasdaq Composite avançou 0,13%, a 14.522 pontos.
Já as bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada na esteira de dados fracos da atividade manufatureira chinesa e em meio a temores com a disseminação da variante indiana do coronavírus pelo mundo.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,29% em Tóquio hoje, a 28.707,04 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,57% em Hong Kong, a 28.827,95 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,44% em Seul, a 3.282,06 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,23% em Taiwan, a 17.713,94 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve baixa apenas marginal, de 0,07%, a 3.588,78 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto se desvalorizou 0,97%, a 2.442,26 pontos.
Pesquisa da IHS Markit/Caixin Media mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI) industrial chinês diminuiu de 52 em maio para 51,3 em junho, atingindo o menor patamar em três meses. Dados oficiais, publicados um dia antes, mostraram a mesma tendência de queda do PMI manufatureiro da China no período, de 51 para 50,9. Os números não muito distantes de 50 mostram que o setor industrial chinês está se expandindo em ritmo modesto.
Investidores também seguem atentos aos desdobramentos da variante da Índia do coronavírus, que se espalha rapidamente pela Ásia, Europa e África, ameaçando planos de reabertura econômica.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, pressionada por novos surtos de Covid-19 no país. O S&P/ASX 200 caiu 0,65% em Sydney, a 7.265,60 pontos.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo
Dólar sobe e fecha acima dos R$ 5 com Brasília no radar; Ibovespa cai - CNN Brasil
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