
Parecia improvável que José Bastos Junior pudesse enfrentar dificuldades nos dois tipos de negócio que comanda. Afinal, são ramos muito diferentes: ele é dono de dois escritórios de contabilidade no Rio de Janeiro e também atua no conselho de administração da cervejaria Máfia, em Niterói (RJ). A pandemia da covid-19, porém, acertou os dois negócios em cheio.
Nos escritórios, que empregam 75 pessoas, o número de clientes caiu, já que parte da demanda era de bares, restaurantes e academias, que fecharam temporariamente ou não sobreviveram à pandemia.
No início de 2021, a situação parecia ter melhorado, com a entrada de novos clientes. Mas o aumento dos casos de covid, e o consequente fechamento de atividades não essenciais, acabou provocando um novo baque nos negócios.
A gente entende a necessidade [do fechamento], era claro. A gente via dia após dia as coisas piorarem no cenário da saúde. (...) Nós seguramos todos os funcionários, utilizamos os benefícios da lei ao máximo. Quase tudo o que a lei permitiu, a gente usou.
José Bastos Junior
Na cervejaria, o cenário foi ainda mais dramático: a queda na demanda de bares e restaurantes, que era fundamental para o negócio, fez o faturamento diminuir a 5% do que era antes da crise. Ao mesmo tempo, a empresa teve de fechar um bar que mantinha no próprio local. Os seis funcionários tiveram o contrato suspenso, e a cervejaria teve de fortalecer o serviço de delivery, pouco desenvolvido antes da pandemia.
Apesar de tudo, estamos otimistas. Acreditamos que no mais tardar no primeiro trimestre de 2022 a gente vai ter demanda de novos clientes nos escritórios. E, na cervejaria, esperamos que, com o avanço da vacinação, em outubro a gente tenha uma alta grande das vendas.
José Bastos Junior
Emprego: setor de serviços tem extremos na pandemia - UOL
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