A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan (CSAN3), precificou sua oferta inicial de ações a R$ 7,40 por papel nesta terça-feira, que movimentou R$ 6,9 bilhões, no maior IPO (oferta pública inicial) do ano no Brasil.
O montante inclui a oferta base de 810.811.000 ações preferenciais, mais os papéis suplementares, no total de 121.621.650 papéis. A empresa e coordenadores optaram em não exercer o lote adicional de até 162.162.200 ações.
O preço fixado saiu no piso da faixa estimada para o IPO, que ia até R$ 9,60, segundo publicado no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com a companhia, os recursos captados na oferta serão utilizados para a expansão da produção de produtos renováveis, sendo 80% utilizados para a construção de novas plantas e ampliação da sua capacidade de comercialização.
O restante será divididos entre investimentos em eficiência e produtividade dos parques de bioenergia e em infraestrutura de armazenagem e logística, que possibilitam à empresa suportar o aumento esperado no volume comercializado de renováveis e açúcar.
As ações da companhia começam a ser negociadas na B3 na próxima quinta-feira, com o código ‘RAIZ4’.
BTG Pactual, Citi, Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, JPMorgan, Santander Brasil, XP Investimentos, HSBC, Safra e Scotiabank coordenaram a oferta, exclusivamente primária.
Raízen: raio-X da empresa
Fruto da joint venture entre a Cosan e a holandesa Shell, a Raízen está entre as maiores produtoras de cana de açúcar e etanol do mundo.
A companhia, que atuava, até 2020, por meio de duas grandes subsidiárias (Raízen Combustíveis e Raízen Energia), é líder global do mercado de biocombustíveis, além de atuar nos setores de energia renovável, sucroalcooleiro, e também de marketing e serviços.
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Ao todo, a Raízen possui 26 parques de bioenergia concentrados, em sua maioria, na região Sudeste do Brasil, próximos aos maiores mercados consumidores e terminais logísticos.
Por possuir um modelo de negócios verticalizado, a companhia consegue operar em toda a cadeia de valor de biocombustíveis e de energia renovável, indo do “solo-ao-tanque” e da “biomassa-à-eletricidade”.
Com faturamento de R$ 114,6 bilhões no ano fiscal encerrado em março de 2021, a Raízen se coloca como uma das cinco maiores companhias do país em termos de receita.
No período, 78% do total da receita veio do segmento de marketing e serviços, enquanto que o segmento de renováveis representou 13%. Já o setor de açúcar foi responsável pelos 9% restantes.
(com Reuters)
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