A cobertura de programas de transferência de renda aos mais vulneráveis subiu de 28% para 67% na população da região da América Latina e Caribe (ALC). Esse aumento, no entanto, se concentrou em determinados países, sendo o principal deles o Brasil. A informação é de relatório do Banco Mundial, divulgado nesta quarta-feira (6).
De acordo com a instituição multilateral, sem as medidas emergenciais de mitigação dos impactos da pandemia, 28 milhões de pessoas teriam ficado pobres. “Em vez disso, 2 milhões de pessoas deixaram de estar em situação de pobreza na região em 2020, ante 2019”, diz o documento.
Quando excluído o Brasil, no entanto, a região pode sofrer uma alta de 3% no número de pessoas vivendo com menos de US$ 5,50 entre 2019 e 2020.
“Isso se traduz em mais de 13 milhões de pessoas caindo abaixo da linha da pobreza. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida criada pelas Nações Unidas que combina mudanças na renda, saúde e educação em partes iguais, mostra um declínio sem precedentes, não observado nem durante a crise financeira global”, explica o Banco Mundial.
Segundo a instituição, o efeito de programas sociais de transferência de renda é maior em países da América Latina do que em países desenvolvidos: respectivamente, 0,9 de impacto e 0,3.
“Provas do Programa Bolsa Família no Brasil também sugerem que tais transferências levam a aumentos no emprego formal local (Gerard, Naritomi e Silva 2021). No geral, as transferências sociais substanciais durante a emergência COVID-19, e durante recessões em geral, são eficazes na prevenção de famílias vulneráveis de cair na pobreza, e também ajudar a economia a se recuperar mais rapidamente”, conclui.
Por outro lado, o BM destaca que “este tipo de ferramenta de política fiscal não contribui para lançar as bases para crescimento e produtividade de longo prazo”.
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Banco Mundial: Brasil é destaque entre latinos na preservação de renda na pandemia - CNN Brasil
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