Tecnologia 5G vai mudar trabalho, consumo e diversão
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta sexta-feira (5) que o leilão do 5G - a nova geração de internet móvel - movimentou R$ 46,79 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 49,7 bilhões esperados inicialmente.
Do valor movimentado pelo leilão, R$ 7,4 bilhões são de outorga, mas não necessariamente todo esse valor vai para o caixa do governo. Isso porque o edital prevê que parte do ágio, ou seja, do valor pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote, será transformado em novos compromissos de investimento.
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"Não conseguimos dizer quanto vai para o Tesouro, podemos dizer apenas que R$ 7,4 bilhões é o valor de outorga, mas parte vai pro governo e parte para obrigação, vamos definir isso semana que vem", explicou Abraão Balbino e Silva, superintendente da Anatel e presidente da comissão de licitação do 5G.
Lotes não foram arrematados
Alguns lotes oferecidos no leilão, da faixa de 26GHz, não atraíram interessados. Um lote nacional da faixa de 3,5GHz e um lote regional da faixa de 2,3GHz também não receberam lances.
Isso pode ajudar a explicar o fato de o leilão ter movimentado um valor abaixo do esperado. O número exato de lotes desertos não foi informado pela Anatel.
Balbino e Silva avaliou o resultado do leilão positivo, mesmo com uma parte dos lotes não arrematada.
"Do total de lotes disponíveis, mais de 85% daquilo que foi colocado à venda foi comercializado. Basicamente, todas as obrigações de cobertura foram contratadas", disse.
"Não dimensionamos isso [o sucesso do leilão] na perspectiva de lotes vendidos versus não vendidos, dimensionamos de acordo com valor econômico que você disponibilizou e aquilo q você de fato vendeu", completou.
O leilão começou na quinta-feira (4), com a licitação dos lotes das faixas de frequência de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz, e terminou nesta sexta, com os lotes da faixa de 26GHz.
As faixas de 3,5GHz e de 26GHz serão usadas exclusivamente para o 5G. Já as faixas de 700 MHz e de 2,3 GHz são compatíveis com quinta geração de internet móvel, mas serão usadas inicialmente para expandir o 4G pelo país.
Essas faixas de frequência funcionam como "avenidas no ar". É por meio delas que o serviço de transmissão de dados será ofertado. O prazo de autorização para exploração das faixas é de até 20 anos.
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Quem ganhou
Ao todo, 11 das 15 empresas credenciadas a participar do leilão levaram algum lote. Dessas, cinco já possuem autorização para prestação de serviço móvel pessoal: Claro, TIM, Telefônica (dona da marca Vivo), Algar Telecom e Sercomtel.
As demais são consideradas estreantes no mercado, pois não possuíam, até então, autorização para prestação de serviço móvel pessoal. São elas:
- Winity (Fundo Pátria)
- Cloud2U;
- Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique);
- Brisanet;
- Neko (Surf Telecom); e
- FlyLink.
Leilão do 5G movimenta R$ 46,79 bilhões, abaixo do esperado por governo e Anatel - G1
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