A Petrobras não vai conseguir atender a todos os pedidos de gasolina e diesel feitos pelas distribuidoras de combustíveis para o mês de dezembro. Será o segundo mês seguido que a estatal não consegue atender a demanda.
Segundo duas fontes do setor, o aumento médio nos pedidos das distribuidoras foi de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
Procurada, a estatal disse que "assim como no mês de novembro, os pedidos de diesel encaminhados pelas distribuidoras para o mês de dezembro foram atípicos e superiores ao esperado para este período".
Já a Brasilcom, federação que reúne as distribuidoras, disse que a Petobras "realizou cortes tanto em diesel como em gasolina". Os contratos feitos pela Petrobras prevê o fornecimento às distribuidoras de um volume com base numa média dos últimos três meses, com pequenas margens para cima ou baixo.
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"Soubemos que diversas empresas tiveram cortes em seus pedidos, tanto de gasolina como de diesel, sendo alguns cortes bastante significativos, principalmente no diesel", destacou a Brasilcom em nota.
O não atendimento pela Petrobras ocorre em um momento de alta no consumo com a abertura da economia. No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, as vendas de gasolina e diesel crescem cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Petrobras disse que, após avaliação de disponibilidade, considerando sua capacidade de produção e oferta, o volume aceito foi inferior aos pedidos recebidos. A estatal voltou a dizer que há dezenas de empresas cadastradas na Agência Nacional do Petróleo (ANP) aptas para importação de combustíveis.
Operando com 87% de sua capacidade de refino, a Petrobras vem elevando as importações de derivados. Nos nove primeiros meses do ano, o avanço chegou a 86,3% ante ano passado.
Em nota, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que "o acompanhamento junto aos agentes regulados, em especial às distribuidoras e aos postos revendedores, não indica falta de combustível, até o momento". Caso o recebimento dos dados de comercialização indique elevação dos riscos, a ANP disse que "adotará as medidas cabíveis para minimizar os eventuais impactos no abastecimento".
Pelo segundo mês seguido, Petrobras não suprirá demanda de combustíveis - Economia
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