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Wednesday, November 3, 2021

Quais são as empresas que apresentaram propostas para o leilão do 5G - Tilt

Um total de 15 empresas e consórcios apresentaram propostas para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) demonstrando interesse em participar do leilão do 5G, tecnologia de internet móvel que promete ser 20 vezes mais rápida do que as conexões atuais.

Nesta quinta-feira (4), a partir das 10h (horário de Brasília), o órgão abrirá os envelopes com todas as ofertas e analisará uma por uma, verificando em quais faixas de frequências (caminhos pelos quais o 5G funcionará) há competição e quais valores foram oferecidos por elas.

As organizações vencedoras terão o direito de explorar e vender serviços 5G para consumidores, como já se faz atualmente com o 4G, por exemplo. O funcionamento em grande escala da internet de quinta geração está previsto para começar a partir de julho de 2022.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (27), o superintendente de competição da Anatel, Abraão Balbino e Silva, afirmou que apenas 5 das 15 proponentes são prestadoras de serviço de grande porte. "O modelo do leilão foi bem-sucedido no estímulo à competição", afirmou.

Quatro faixas de frequência serão leiloadas no processo: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Em uma analogia, é como se cada sinal ocupasse uma faixa de uma rodovia. Esses "caminhos" serão usados para ativar o 5G e ampliar a rede 4G no Brasil.

A de 3,5 Ghz é a mais visada do 5G. Observe um resumo de cada uma na imagem abaixo:

Quem são as empresas e consórcios

Existem dois perfis de interessados, como destacou a fala do superintendente Silva. De um lado, estão as operadoras de internet de grande porte, que devem brigar entre elas pelas frequências de 5G mais elevadas, permitindo velocidade maior de conexão.

Do outro, empresas e provedores regionais de internet, mais interessados em frequências menores, de velocidade mais baixa, mas que permitem cobrir grandes áreas.

Ao todo, 15 propostas foram entregues, mas não é possível afirmar que todas elas participarão do processo. A Agência ainda deve verificar se elas entregaram toda a documentação necessária de acordo com o edital.

Se houver pendências, as empresas e consórcios responsáveis podem ser desqualificadas do leilão.

Grupo 1: as grandes

No primeiro grupo, estão a Vivo (marca da Telefônica Brasil), a Tim e a Claro, as três maiores operadoras de telefonia do Brasil.

Nessa lista, também se destaca a Algar Telecom e a Sercomtel, que já oferecem serviços de internet — no caso da segunda companhia, ela tem foco de atuação maior no Paraná, embora a empresa, sediada em Londrina, tenha recebido esse ano autorização da Anatel para operar em todo o Brasil.

Grupo dois: consórcios

Já as empresas que devem competir pelas faixas de frequência menores reúnem um leque diverso de negócios.

A Winity Telecom, por exemplo, pertence ao grupo Patria, um fundo de investimentos com escritórios em múltiplos países. Ela trabalha com estrutura de comunicação sem fio para empresas, assim como a BR.Digital Telecom, do Rio Grande do Sul.

Também do sul vem o Consórcio 5G, uma união entre a Copel (Companhia Paranaense de Energia) e a Unifique, de Santa Catarina, ambas atuantes no ramo das telecomunicações.

Já a VDF também trabalha com estrutura de comunicação sem fio e faz parte do grupo Datora, especializado em internet das coisas (vários eletrônicos conectados ao mesmo tempo) e comunicação entre máquinas.

Há ainda operadoras de internet menores, como a FlyLink, de Uberlândia (MG), e outras novatas, como a Neko, que, embora criada por profissionais experientes na área, surgiu em 2021.

No Nordeste, há duas empresas interessadas na disputa do mercado de 5G.

A primeira é a Brisanet, criada há 22 anos e que atua com serviços de internet e TV em cidades da região. Segundo a companhia, ela tem mais de 14,4 mil quilômetros de infraestrutura de backbone, atendendo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A segunda é a Highline, representada pela NK108. A empresa finalizou no início deste ano o processo de aquisição de torres móveis de sinal da Oi, operadora em recuperação judicial.

Segundo relatou o jornal Folha de S.Paulo, em setembro, houve um impasse que atrasou o edital do leilão, uma vez que a Highline queria começar a operar o 5G em cidades menores (área onde opera a Brisanet), o que eventualmente foi autorizado.

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