Com perdas de 12,93% no ano, o índice Bovespa, que mede o desempenho das ações da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, é o 2ª pior do mundo, aponta o ranking da agência classificação de risco Austin Rating, feito com exclusividade a pedido do g1. O levantamento considera 78 países e o Brasil só fica na frente da Venezuela.
O ranking indica que o Brasil desvirtua do resto do mundo. Isso porque dos 78 países, apenas 9 registram queda no ano.
A mediana das variações até novembro foi de 13,6%, enquanto a B3 caiu 14,4% até dia 30/11. Atrás somente do IBC da Venezuela (-99,5%), cujo país se encontra há anos num quadro de hiperinflação.
Entre os melhores qualificados estão as Bolsas do Zimbábue, com ganhos de 305,7%, seguido da Mongólia, com alta de 104,1% e do Sri Lanka, que subiu 68,9%.
"O Brasil está muito longe da curva por problemas domésticos. E o principal ponto é a perda de confiança no futuro da economia, com os investidores preocupados com o ambiente fiscal", afirmou ao g1 o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, autor do levantamento.
"As bolsas acabam refletindo o momento a economia. Elas têm um impacto imediato e parte disso também é de expectativa futura", acrescenta o economista que ressalta que no Brasil a expectativa é que em 2022 a economia enfrente dificuldades por conta dos juros altos e da inflação.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revisou as previsões de crescimento da economia brasileira. As estimativas para o PIB caíram de 2,3% em 2022, no relatório divulgado em setembro, para 1,4%, no documento divulgado nesta quarta. Para 2021, também houve revisão para baixo, de 5,2% para 5%.
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O pessimismo é refletido nas ações e o Ibovespa registou cinco meses seguidos de baixas. Ontem (2), após aprovação da PEC dos Precatórios, a B3 subiu 3,66%.
Ibovespa é a 2ª pior Bolsa do mundo em 2021, aponta ranking - Economia
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