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Friday, June 11, 2021

Setor de serviços cresce 0,7% em abril, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia - G1

Setor de serviços tem crescimento de 0,7% na comparação com março, diz IBGE

Setor de serviços tem crescimento de 0,7% na comparação com março, diz IBGE

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em abril, na comparação com março, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor recuperou parte do recuo de março (-3,1%), mas continua abaixo do patamar pré-pandemia.

O setor de serviços ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 e 13,1% abaixo do pico histórico, registrado em novembro de 2014, segundo o IBGE.
Volume de serviços prestados no país volta a crescer depois de recuar em março — Foto: Economia/G1

Volume de serviços prestados no país volta a crescer depois de recuar em março — Foto: Economia/G1

Na comparação com abril de 2020, o volume de serviços avançou 19,8%, segunda taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica, iniciada em janeiro de 2012, favorecida pela fraca base de comparação, já que em abril do ano passado o setor havia tombado 17,3% na série interanual.

No acumulado de janeiro a abril, o setor tem alta de 3,7% – o maior resultado desde abril de 2014 para os 4 primeiros meses do ano.

Em 12 meses, porém, ainda está negativo, mas manteve a trajetória de recuperação iniciada em fevereiro, ao passar de -8% em março para -5,4% em abril.

O setor de serviço é o que possui o maior peso na economia brasileira e tem sido também o mais prejudicado pela pandemia do coronavírus por maior dependência de atividades presenciais.

Resultado acima do esperado

A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,4%. O intervalo das projeções era amplo, de queda de 1% a alta de 2,1%. Já a expectativa mediana para o resultado de abril de 2021 frente a abril de 2020 era de 18,9%, com intervalo entre 16% e 20,8%.

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades:

  • Serviços prestados às famílias: 9,3%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 9,8%
  • Outros serviços prestados às famílias: 0,9%
  • Serviços de informação e comunicação: 2,5%
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 3,1%
  • Telecomunicações: 0,8%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: 5,3%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 1,0%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6%
  • Serviços técnico-profissionais: -0,1%
  • Serviços administrativos e complementares: -1,3%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: zero
  • Transporte terrestre: -0,9%
  • Transporte aquaviário: 5,6%
  • Transporte aéreo: -15,5%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 0,3%
  • Outros serviços: -0,9%

Recuperação desigual

A alta de 0,7% de março para abril foi acompanhada por apenas duas das cinco atividades pesquisadas: informação e comunicação (2,5%) e serviços prestados às famílias (9,3%), liderados, principalmente, pelos restaurantes.

“Esse resultado dos serviços prestados às famílias deve ser relativizado, já que em março eles caíram 28,0%, no momento em que houve decretos estaduais e municipais que restringiram o funcionamento de algumas atividades para controle da disseminação do vírus. Isso fez o consumo reduzir significativamente naquele mês, então em abril houve um crescimento maior por conta da base de comparação muito baixa”, ponderou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O setor de serviços prestados às famílias, que possui o maior peso na pesquisa, ainda está 40% abaixo do patamar pré-pandemia. Veja abaixo os segmentos com recuperação mais lenta e aqueles que já superaram o nível de antes da Covid.

Setor de serviços ainda operava, em abril de 2021, abaixo do patamar pré-pandemia — Foto: Economia/G1

Setor de serviços ainda operava, em abril de 2021, abaixo do patamar pré-pandemia — Foto: Economia/G1

Regionalmente, 13 das 27 unidades da Federação tiveram expansão em abril. As expansões mais relevantes vieram de São Paulo (0,5%), seguido pelo Distrito Federal (4,8%) e Paraná (1,5%). Por outro lado, as principais retrações vieram de Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-2,4%).

Atividades turísticas têm queda de 0,6% em abril

O IBGE informou também que o índice de atividades turísticas recuou 0,6% frente ao mês anterior, após forte retração em março (-23,1%).

O segmento de turismo ainda necessita crescer 81,9% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado.

Regionalmente, 6 das 12 unidades da Federação pesquisadas acompanharam o recuo nacional, com as principais influências negativas no Rio de Janeiro (-2,7%), Minas Gerais (-4,4%), Espírito Santo (-13,4%) e Bahia (-3,1%). Em sentido oposto, São Paulo (2,9%) exerceu o maior impacto positivo, seguido por Paraná (9,7%), Rio Grande do Sul (12,4%) e Santa Catarina (8,3%).

Frente a abril de 2020, houve alta de 72,6%, maior alta da série, após treze taxas negativas seguidas. No acumulado do ano, o segmento tem queda de 17,4% frente a igual período de 2020, pressionado, sobretudo, pelas reduções nas receitas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

Perspectivas para o ano

Para o economista-chefe da Necton, André Perfeito, o resultado do setor de serviços em abril veio melhor que as expectativas. "Os dados são em grande medida bons e reafirmam uma leitura de alta do PIB neste ano", avaliou.

Na semana passada, o IBGE mostrou que as vendas do varejo cresceram 1,8% em abril, acima do esperado. Já a produção industrial caiu 1,3% na comparação com março e voltou a ficar abaixo do patamar pré-pandemia.

Os analistas do mercado financeiro projetam um crescimento de 4,36% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Os indicadores econômicos dos primeiros meses do ano têm surpreendido positivamente e a perspectiva é de melhora nos próximos meses. O Índice de Confiança Empresarial (ICE), por exemplo, subiu 7,9 pontos em maio e atingiu o maior nível desde março de 2014, último mês antes da recessão de 2014-2016.

Na véspera, o Itaú elevou a sua projeção de crescimento do PIB em 2021, de 5% para 5,5%, avaliando que o avanço da vacinação deve permitir uma volta à normalidade econômica ainda neste ano.

Analistas alertam, porém, para incertezas ainda elevadas. Entre os fatores de preocupação está a inflação elevada, o desemprego em patamar recorde, o risco de racionamento de energia e o surgimento de variantes do coronavírus.

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