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Wednesday, November 24, 2021

Confiança do consumidor cai em novembro e atinge menor nível desde abril - G1

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 1,4 ponto em novembro, para 74,9 pontos – menor valor desde abril (72,5 pontos), segundo informou nesta quarta-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas.

Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve em queda ao cair 2,3 pontos, para 75,5 pontos, sendo o terceiro mês consecutivo de retração.

Confiança do consumidor — Foto: Economia g1

Confiança do consumidor — Foto: Economia g1

“Apesar do avanço da vacinação, suas consequências favoráveis na redução de casos e mortes e flexibilização das medidas restritivas, o aumento da incerteza econômica diante de uma inflação elevada, política monetária restritiva e maior endividamento das famílias de baixa renda tornam a situação ainda desconfortável e as perspectivas ainda cheias de ameaças”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

Em novembro, o índice foi influenciado por piora tanto na avaliação da situação corrente quanto das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 2,1 pontos, para 66,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,0 ponto, para 81,4 pontos.

A análise por faixa de renda revela piora da confiança para todos os grupos, com exceção das famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, que apresentou acomodação pelo segundo mês consecutivo. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 registrou o pior desempenho com queda de 6,7 pontos para 66,3 pontos, eliminado o avanço registrado no mês anterior.

Segundo a FGV, a piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada por deterioração da situação econômica local e das finanças da famílias.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou 10,67% no acumulado em 12 meses até outubro, taxa mais acentuada desde janeiro de 2016.

Diante de indicadores de inflação persistentemente fortes, o Banco Central tem promovido um intenso ciclo de aperto monetário, o que é visto como um empecilho ao crescimento econômico, já que juros mais altos tendem a esfriar os gastos. A taxa Selic está atualmente em 7,75% ao ano. O mercado projeta uma taxa de 9,25% ao ano no fim de 2021, chegando a 11,25% ao ano em 2022.

A pesquisa coletou informações de 1510 domicílios entre os dias 1 e 22 de novembro.

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